quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Histórias de Copas


   Apita o juiz e hoje começa o último jogo das eliminatórias para a Copa do Mundo 2010. O Brasil encara a Venezuela, tentando terminar sua participação com chave de ouro. O escrete canarinho já tinha garantido antecipadamente a vaga, agora é so cumprir tabela.
   Eu sempre fui fã de esportes, em especial futebol e vôlei. Claro que eu curto esportes ao meu modo,isto é, para mim não há espaço para xingos aos juízes, jogadores ou técnicos, eu tenho uma visão romântica e nerd sobre o esporte. Romântica porque adoro vibrar com jogadas brilhantes, com a garra e força de vontade dos jogadores, a superação, partidas emocionantes, verdadeiros espetáculos. O lado nerd vem com o acompanhemento de estatísticas, histórico dos jogadores, saber a biografia do time desde sua fundação e traçar um paraleo com o contexto histórico. Falo sério, se você pegar alguma seleção é possível aprender sobre geografia, geopolítica, história e cultura do país. O futebol (além dos outros esportes) não resolve os problemas do mundo, mas ajuda a entendê-lo. E aprendemos também que o esporte envolve interesses políticos. Não é a toa vermos tanto lobby para um país sediar os jogos olímpicos ou uma Copa do mundo. O problema são certos delírios, como permitirem a realização de eventos dessa importância no Brasil. Eu já havia comentado que sou contra a realiza~ção do mundial em nosso país. Lógico que seria muito emocionante conferir os jogos e saber que craques que eu admiro estão tão próximos. Mas de qualquer jeito eu apenas veria pela televisão pois parte dos ingressos serão para Vips globais, outra parte para Vips da CBF e o que sobrar vai custar os olhos da cara!

   Apesar dos pesares eu curto muito acompanhar uma Copa do mundo. Eu mesma nasci no ano de realização de uma, em 1986. Tenho o costume de brincar afirmando que eu lembro do fatídico jogo entre Brasil e França de Michel Platinim no qual o zico perde um pênalti (detalhe, eu tinha cerca de 2 meses de vida). A Copa de 1990 não me traz nenhuma lembrança; as minhas primeiras lembraças futebolísticas remetem ao ano de 1993, com o meu Palmeiras ganhando os títulos do Paulista e Brasileirão.

    Mas chega o ano de 1994 e finalmente sou apresentada a Seleção Brasileira. Lembro me que éramos dispensados mais cedo das aulas, pintávamos o rostos com as cores do Brasil, tínhamos a luvinha "V de vitória". O início dos jogos eu acompanhei aqui na minha mãe, já as semi-finais vi na casa do meu pai. Meu primo André adorava a Itália e sempre quando diputávamos nossos "campeonatos" gol a gol, ele era o goleiro da Itália, Pagliuca e eu, claro, era o Taffarel (vai que é tua Taffareeeeeeeeeeeeeeeeeel). Conferíamos os jogos comendo pipoca com catchup, acompanhada de guaraná Taí. Comemorávamos os gols imitando o Bebeto na comemoração "nana nenê", homenagem que ele fez ao seu filho Matheus, que tinha acabado de nascer. Mas na final eu bati o pé e fiz meu pai me levar pra casa e ver o Brasil ser Tetracampeão.

  Já na Copa de 1998 o cenário foi outro: eu detestava aquele ufamismo do Zagallo, porque pra ele "A amarelinha impõe respeito" e "Os adversários é que devem temer o Brasil". Eu também estava na fase "o país com inúmeros problemas e o povo só se importando para o futebol?" Não deixei de acompanhar os jogos, mas sempre torcia contra, usando roupas com as cores dos adversários. Foi no mundial da França que eu tive meu 1º muso futebolístico: Zinedine Zidane, ou simplesmente Zizou.

 Só deu a mocinha aqui vibrando com o chocolate francê em cima do Brasil! Passados mais 4 anos, a Copa estreou na Ásia e o Brasil chegou meio desorientado ao Oriente. Contrariando as estatísticas eu torci pelo Brasil, muito mais pelo Felipão e pelo goleirão Marcos. Tá certo que o caminho do Brasil para o Penta fpi mamão com açúcar, talvez só a Turquia tenha sido mais perigosa. O bacana dessa Copa na Ásia era o horário: maioria dos jogos eram de madrugada! Sai o churras, entra pão quente na chapa.

   O mundial na Alemanha foi o meu favorito porque eu conferi quase todos os jogos. Tinha virado alemãzinha porque dava gosto ver a  Mannschaft (não digo apenas polo meu xodó, o Ballack). Também lembro de ter ajudado o Matheus a completar o álbum de figurinhas (e ter ficado com as figurinhas dos jogadores mais gatinhos). E novamente Zidane e companhia foram a pedra no caminho brazuca... Nem preciso descrever a minha alegria! eu tinha feito até uma paródia através de um funk que tocava à exaustão na época (aquele "tô ficando atoladinnha,tô ficando atoladinha...):

Thierry,Thiery,Thierry
Fez um gol pra mim!
Thierry,Thierry,Thierry
Fez um gol pra mim!
Vai arrumar a meia?
Pro Henry poder marcar
Vai arruma a meia?
Pro Henry poder marcar
Tô eliminando a selecinha
Eliminando a selecinha
Calma,calma francesinha!!!

Na final entre Itália e França eu fiquei um pouco divida pois tinha simpatia pelas 2 seleções. A França foi uma verdadeira fênix, muitos contaram com a eliminação dela na 1ª fase. Mas a vitória (merecida) contra  Brasil e a virada espetacular contra a Espanha (forte candidata ao título) calaram a boca de muito palpiteiro. Mas a França não contava com a maldição dos 12 anos!! Como assim, vocês não conhecem essa história? Deixo isso para o próximo post:!

Por hoje é só!


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