terça-feira, 29 de novembro de 2011

Geovana, a desenhista e outras histórias

Ontem a segunda-feira foi brava. Como ocorreu um problema sistêmico no sábado, os e-mails não foram respondidos e consequentemente nós tivemos uma avalanche de solicitações. O clima fica tenso, eu costumo ficar muito focada e procuro não me distrair com qualquer conversinha paralela. Claro que o nível de estresse aumenta e as O.H.S (Oscilações de Humor da Shil) atingem níveis alarmantes. Sobra até para o chefe, tadinho. Tivemos o nosso primeiro momentinho relax quando a Vanessa nos confidenciou a última de sua caçula, a Geovana. 


A Geovana tem 4 anos e uma cara de arteira que vocês nem imaginam... Segundo a Van, a menina gosta de desenhar e ultimamente passou a desenhar seus amiguinhos e parentes. Um dia, ela estava desenhando a família (mamãe Van, papai Renato e as duas irmãs mais velhas,sendo uma delas a Évelyn, de 13 anos). Até aí tudo bem, mas depois a menina voltou a pegar o desenho afirmando, "Peraí, faltou uma coisinha" e começou a fazer um monte de rabiscos na Évelyn. A Van perguntou o que era aquilo e a Gê comunicou que "É o cabelinho que tem na periquita da Évelyn :D". Tudo isso na maior inocência... 


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Meu horário é até as 15h, mas nesses últimos dias eu tenho ficado até as 18h esperando o pessoal (Rique,Van e o Marcelo). Nessa segunda ainda tivemos a companhia da Angel. Ela abraçou a ideia de que eu e o Rique deveríamos nos assumir como um casal (nota: o Rique é gay). Segundo a teoria dela, o fato de o Rique me apresentar como sua namorada ajudaria a aliviar a barra junto aos pais dele. Meu amigo não perdeu tempo em criar a frase-símbolo dessa mudança: Mamis, I changed (ler com voz de Valéria Bandida torna esse slogan mais bacana)!!!


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Já se tornou rotina eu ir com o Rique até a estação de metrô próxima a faculdade dele. Geralmente vamos no McDonald's ou no Habib's. Resolvemos comer uma pizza de 4 queijos ( gordofellas em ação!) e depois de sobremesa uma taça de sorvete. Assunto divertido é o que não falta: viagens do tempo, os paradoxos que há em De volta para o Futuro, cocô, menstruação, o que o destino nos reserva...Era pra ele ir pra facul às 20h, mas ele me enrolou e no fim falou algo que anda lhe tirando o sono. Não só o deixa preocupado com o rendimento no trabalho, mas trate-se da ausência do seu braço direito, aquela que o colocava na linha... Até me deu um apertinho no coração...Pensei em quantas vezes eu vomito minhas preocupações em cima dele e me esqueço de perguntar se tá tudo bem com ele. Para finalizar meu "sequestro", acompanhei meu amigo até a estação Luz de lá ele segui para os cafundós da ZL.


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Pra terminar, hoje o dia foi um cocô. Daqueles para serem esquecidos. Às vezes minha determinação pode soar como teimosia para alguns. Mudando a rotina, resolvi ir embora no meu horário normal e fui rumo ao metrô. O clima estava abafado mas não havia sinais de chuva. Qual a minha surpresa quando chego na estação Armênia e vejo o mundo sofrendo um dilúvio. No fim fiquei ilhada no Tucuruvi, pois vítima da lei de Murphy que sempre sou, não estava com guarda-chuva. O que me deixou feliz é perceber que eu definitivamente não tenho mais pavor de raios e trovões. Esse medo durou de 95 até 2006 (ou seja, dos 9 até os 20 anos); não o considero embaraçoso comentar sobre isso. Quando as tempestades começavam eu entrava em pânico: minha sinusite atacava bem forte, eu não conseguia olhar para fora e ver aquelas nuves cinzas, suava muito e claro, chorava até desidratar. Geralmente eu corria para o quarto e tampava meu ouvidos de modo tão forte que depois eu ficava ouvindo um piiiiiiiii.É claro que eu me envergonhava disso tudo, mas não tinha jeito, era algo totalmente irracional que me dominava. Eu sentia que seria atingida por um raio a qualquer momento. Mas graças a terapia (e o fato de ter de trabalhar) me ajudou a superar a "astrofobia" (o medo mórbido de raios e trovões). Tanto que hoje a tempestade foi forte, com várias rajadas de vento e vários estalos de trovões. Passada a tempestade, comecei a subir a avenida. No meio do caminho eu olhei de relance para dentro de um bar e reconheço o seu Ermelindo, o papi da Évelyn. Que figura! O traidor do movimento, como gosto de referir a ele já que ele tem um puta sotaque italiano maaas...é corintiano! Puxa, o papi da Évy é um senhor muito inteligente (aliás é professor) e o papo foi longo...tão simpático que até me ofereceu um refri :D! Ah, e ainda valeu um boa frase: Silvia Pupo não merece apupos !

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Chovendo no molhado

Nesse feriado, São Paulo está sofrendo com dilúvio. Bastam alguns minutos de chuva intensa para que a nossa cidade estacione nas marginais e principais vias. Para aqueles que foram ao litoral em busca de de sombra e água fresca mas encontram-se mofando dentro dos apês e casinhas alugadas, meus pêsames. Não entendo essa tara da maioria dos paulistanos em pegar seu carango e descer pra baixada santista, mesmo em condições climáticas adversas. Vocês saem de uma cidade caótica em busca de lazer e sossego, porém encontram outra cidade também caótica porque outras pessoas também tiveram a ideia de fugir para o litoral. Se o nosso litoral (mais especificamente o do estado de São Paulo), fosse limpinho, com aquele mar cristalino, sem ambulantes, areia limpa (sem aquele fiozinho de esgoto, argh), eu até entenderia essa vontade quase que coletiva de ir pra praia..mas encaremos os fatos: baixada santista não é a Polinésia Francesa!


Para os sensatos que preferiram curtir a chuva em Sampa, no conforto de seus lares, segue abaixo minha lista de canções favoritas que tem em pelo menos um trechinho citando a bendita chuva!


10º) Guns'n'Roses - November Rain:


Escolha óbvia para iniciar a lista (estamos em Novembro, está chovendo pacas, sacaram?!) . Essa música faz parte do álbum Use your illusion 1, lançado em 1991, época em que o Guns tomou conta do mundo e era  A BANDA (até o Nirvana e toda a leva grunge chegar e roubar a cena). Esse clipe mostra o quanto o vocalista Axl Rose era (e continua sendo) megalomaníaco, tentando ser uma mistura de Elton John com Freddie Mercury. Por isso mesmo eu gosto mais de You could be mine, rockão nervoso do Use your illusion 2, que fez parte da trilha do Exterminador do Futuro 2. Vinte anos se passaram e no último Rock in Rio constatamos que Axl é uma caricatura de si mesmo. Hasta la vista, baby. 


9º) The Weather Girls - It's raining man:


Ao lado de "I will survive" e "Macho man", essa música forma a santíssima trindade dos hinos gays! Quem nunca cantarolou o refrão dessa canção em um dia de chuva, que atire a primeira pedra. 


8º) Gal Costa - Chuva de Prata:




Obrigatório nos videokês da vida. Para ouvir com os bracinhos no alto e balançando de um lado para o outro.


7º) Jorge Benjor - Chove chuva:


6º) Turma do Cocoricó - Chuva, chuvisco, chuvarada:


Sou fã confessa do programa, ainda mais nessa fase em que o Júlio e a bicharada do cocó coral saíram da frente da tv e nos mostraram o dia-a-dia da fazenda. Os clipes musicais são um show a parte! Chuva, chuvisco e chuvarada é um daqueles convites deliciosos para ouvir o barulhinho das gotas batendo na janela, a turma reunida na cozinha, aquele cheirinho de café fresquinho e um belo bolo de cenoura aguardando ser devorado. Bom, muito bom, muito mais do que bom, é excelente.


5º) The Beatles - Rain:


"Rain é um música de Lennon sobre a chuva. Gente resmungando porque...não gosta de chuva" (Lennon). 


4º) Travis - Why does always rain on me?:


Travis é um simpático grupo escocês (se não me falhe a memória), chamou  atenção no início dos anos 2000 ao lado do Coldplay. Eu costumo cantar Why does... sempre que um problema cai no meu colo (na maioria das vezes, de modo injusto).


3º) Garbage - Only Happy When it Rains:


Shirley Manson é uma das minhas vocalistas favoritas: é sexy, tem atitude, presença no palco e uma voz potente! Tudo o que eu queria ser e não sou (haha). Esse single faz parte do primeiro álbum, também chamado Garbage e o clipe foi dirigido por Samuel Bayer ( o mesmo de Smells Like Teen Spirit, do Nirvana). Aliás, um dos integrantes do Garbage, Butch Vig, foi o produtor de Nevermind, álbum clássico do trio de Seattle. 


2º) Cena do filme Cantando na Chuva:




Talvez uma das cenas mais icônicas do cinema, parodiada e homenageada por muitos (até o Chespirito já fez em um episódio do Chapolin). Sou suspeita ao elogiar, afinal sou grande fã de musicais. E sim, já cantei na chuva, tentando (sem muito sucesso) fazer a coreografia. 

1º) Madonna - Rain:



Na minha modestíssima opinião, o melhor videoclipe da Madonna. A fotografia é um desbunde, a pele alara da Madonna contrastando com o cenário escuro e high tech, o olhar hipnotizante, tudo em perfeita harmonia. Fino, clean e sexy sem parecer vulgar.


Dica da Shil: leiam o post saboreando bolinhos de chuvas.