quarta-feira, 29 de julho de 2009

Somos completos

Alma-gêmea não existe e vou tentar explicar o meu ponto de vista. Comecei a refletir sobre isso devido a uma conversa via MSN com a Leilane, uma das inúmeras que temos. De uns tempos pra cá ela vem se lamentando pela falta de sorte de achar o cara certo para seguir com um relacionamento sério. Depois de muitas conversas é fácil perceber que ela se envolve demais do que a pessoa em questão, o típico “ela pensa em namoro, mas ele só quer ficar”. Acontece que isso acabou se tornando um obcessão para ela, pensando que só será feliz ao lado de uma pessoa, não dando prioridade a outros assuntos igualmente importantes como trabalho, família, amigos e principalmente, a ela mesma. Eu não me importo em ouví-la (ou neste caso, ler) sobre o que a tem angustiado, afinal sei da importância de um amigo em momentos delicados; ela não será a primeira nem a última pessoa que negarei um ombro amigo. Mas depois de 18 de julho, parece que nossa amizade ficou abalada um pouco devido a divergências de opiniões.



Através de uma conversa via MSN ela me contou que o menino que ela estava ficando arrumou uma namorada. Ele era um cara que, segunda ela, estava dando apoio e a tratando bem, ajudando a suportar a os problemas familiares. Ele é mais novo que ela e embora estivessem juntos há quase três meses, a família não sabia, pois ele era irmão do cunhado dela. Mesmo com a Leilane afirmando que não estava mal e torcia para que o relacionamento do rapaz desse certo, era perceptível uma pontinha de frustração. Afinal alguns dias antes ela tinha comentado de que estava feliz com ele mas tentou terminar o caso, no que ele não aceitou. Depois ela disse que partiu do próprio garoto arrumar uma namorada. Infelizmente não sei no que ela aumentou ou omitiu na história. Novamente ela apostou mais nessa relação do que o menino. Tanto que depois do fora, ela saiu com um ex, que segundo ela, fez uma baita sacanagem. Mas ela dá devida atenção quando ele a elogia. Como se precisássemos ouvir dos outros, que a palavra deles basta. Depois do desabafo até que começamos a nos distrair,eu no mesmo dia teclava com a Gaby e nós duas estávamos num momento nostalgia, vendo vídeos dos artistas pop que fizeram a nossa cabeça. Tentei incluir a Leilane na conversa mas ela insistia em retornar a falar da sua falta de sorte no amor. E teve uma hora que ela me assustou com esse papo esquisito:


18/7/2009 23:36:43
♥♥♥LEKYRA♥♥♥: tem um cara que já faz tempo que eu sonho com ele
18/7/2009 23:36:44 ♥♥♥LEKYRA♥♥♥: inclusive já até me casei com ele em sonho
18/7/2009 23:36:48 ♥♥♥LEKYRA♥♥♥: e ele faz de tudo por mim
18/7/2009 23:36:53 ♥♥♥LEKYRA♥♥♥: é o cara perfeito
18/7/2009 23:37:39 ♥♥♥LEKYRA♥♥♥:
esses tempos atrás eu passei no núcleo com a minha mãe adotiva
18/7/2009 23:38:22 ♥♥♥LEKYRA ♥♥:
e ela falou que eu tenho uma alma gêmea me procurando e que ele veio de outra vida atrás de mim
18/7/2009 23:38:32 ♥♥♥LEKYRA♥♥♥: e que la nós éramos casados
18/7/2009 23:38:37 Eu quero um Kyle Reese pra mim! : eu não acredito nisso
18/7/2009 23:38:42 Eu quero um Kyle Reese pra mim!: nem tenho o q opinar
18/7/2009 23:39:01 ♥♥♥LEKYRA♥♥♥:
e nosso amor é tão verdadeiro que reencarnamos praticamente juntos nessa vida
18/7/2009 23:39:15 Eu quero um Kyle Reese pra mim!:
não acredito em nada disso
18/7/2009 23:39:27 ♥♥♥LEKYRA♥♥♥: ai vai de cada um
18/7/2009 23:39:41 ♥♥♥LEKYRA♥♥♥: eu acredito em reencarnação
18/7/2009 23:39:43 ♥♥♥LEKYRA♥♥♥: então
18/7/2009 23:39:48 ♥♥♥LEKYRA♥♥♥:
deixa pra lá

Esse tipo de assunto é delicado, uma vez que você está expondo sua opinião sobre sua crença religiosa. Sei que devemos respeitar a fé de cada pessoa mas há certas situações que chega ao exagero e acabo percebendo que muitos, como a Leilane, ficam cegos e se apegam demais ao que lhe é prometido. Deixo bem claro que sou atéia, mas gosto de ler sobre as religiões porque considero um assunto interessante, tentar compreender a relação do homem com a fé em um ser/seres divino e que tem tanto poder em sua vida. A Leilane se denomina como “espírita”, mesmo ela fazendo às vezes uma salada mista, uma vez que ela mesma disse que também acredita em duende, gnomos e acredita em previsões sobre o futuro; coisas que sabemos não fazem parte do mesmo universo. Por isso eu fui fazer uma pesquisa rápida sobre o tema Espiritismo e leiam o que encontrei:



“É o conjunto de crenças que consideram que a essência humana é baseada na existência de um espírito imortal, que pode estar entre os vivos ou não, admitindo vidas sucessivas (reencarnações) e a comunicação entre os vivos e os mortos, geralmente pelo intermédio de um médium, ou seja, um mediador. A expressão também designa a doutrina e práticas das pessoas que partilham esta crença.”

Bom, até aí nada de diferente do que eu já tinha lido ou visto sobre o tema. Continuei pesquisando para encontrar algo relativo à alma gêmea. Vejam:



“A teoria das almas gêmeas é rejeitada por Alan Kardec em "O Livro dos Espíritos". Para quem não sabe, Alan Kardec é o pseudônimo de Hippolyte Léon Denizard Rivail, se notabilizou pela decodificação da Doutrina Espírita. Hum, percebi que a Lê precisa rever os conceitos da religião que ela pratica. Em qualquer pesquisa feita sobre Espiritismo não era encontrado nada referente às almas gêmeas. No fim encontrei um site com a seguinte explicação:



“O termo Alma Gêmea geralmente é usado para designar o conceito de que em algum lugar há uma alma gêmea com a sua, destinada a permanecer a seu lado (...). Em verdade, alma gêmea é a pessoa com a qual você se relacionou em várias encarnações. Com ela experimentou sentimentos profundos como o amor e a amizade, além de aprendizagem e evolução mútuas (...). Desta forma, a cada nova experiência numa encarnação os laços se fortaleceram.Você e sua alma gêmea, freqüentemente vieram juntas em várias encarnações não só como cônjuges, mas também em outros papéis sociais (pai e filho, irmãos, amigos, etc.).Por conta desse laço forte e profundo que os une, é comum no primeiro encontro ambos se reconhecerem mutuamente, sentirem uma afinidade e emoções profundas, inexplicáveis aos olhos da mente racional do ego, pois o reconhecimento se dá em nível de alma dos dois.

Osvaldo Shimoda é colaborador do Site, terapeuta, criador da Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), a Terapia do Mentor Espiritual - Abordagem psicológica e espiritual breve canalizada por ele através dos Espíritos Superiores do Astral.

Bom, creio que minha amiga se baseia nesses fatos descritos. Porém cabem aqui minhas considerações. Primeiro, eu não acredito nem em Deus, nem em almas e conseqüente em reencarnações. Nós vivemos o aqui e o agora, não haveria uma força superior que conspire a nosso favor em nossas realizações, sejam ela s amorosa ou profissional. Tão pouco creio em vidas passadas e que possíveis ações anteriores nesse “passado” vão interferir no “presente”. A verdade é que somos seres únicos, cada um com sua forma de encarar a vida e compartilhar seus sentimentos, não existindo a necessidade de se "completar" através de uma outra pessoa. Estar apaixonado é ótimo e ser correspondido é melhor ainda; mas a vida não se resume a encotrar a suposta cara-metade. O amor é um sentimento muito complexo e difícil de se escrever, às vezes nos é apresentado como algo único, mágico e 'instântaneo' - como nos contos de fadas - outras vezes chega a ser doentio devido ao seu excesso - quantas vezes já ouvimos casos de pessoas que mataram por amor? Esse sentimento surge da identificação entre as pessoas, o carisma de cada um, a convivência. Talvez a Lê não tenha a paciência e não reflete sobre seus atos, preferindo se agarrar a teorias de sua religião para se justificar. É fácil perceber o quanto ela anseia mais por um protetor do que um companheiro, alguém que faça tudo por ela. Como eu disse mais tarde, "querida melhor você cair na real, as mulheres têm de ser independentes, ficar na aba de homem é furada!". E o mais preocupante é ela dar ouvidos a "mãe adotiva", acreditando que "a alma-gêmea" dela está a sua procura, acreditando que esses sonhos são premeditórios. O sonho é apenas o nosso subconsciente entrando em ação. S
e ela pensasse em melhorar a sua auto-estima, começasse a se amar, ela notaria a diferença e veria como seria notada. O problema não está na 'reencarnação', porque também, imagine: há pessoas que tiveram pelo menos mais de 2 almas-gêmeas na vida!! Por isso eu discordo da Leilane: o relacionamento amoroso é uma conquista diária, algo que pode aumentar ou diminuir com o tempo. Ele vai do grau de comprometimento de cada a pessoa. O amor é um sentimento lindo, mas não é essa coisa 'melosa' representada por certas histórias ou canções. Em relação a isso eu sou bem pé no chão e não me apoio na idéia de amor a primeira vista, em destino ou qualquer coisa sobrenatural. O amor é essencialmente humano. E pelo simples fato de estarmos sozinhos, não signifique que somos incompletos.

sábado, 25 de julho de 2009

Enjoy de Silence

Eu não sei quem criou o “1 minuto de silêncio” nem quando ele começou a ser utilizado. Talvez foram os faraós inventores dessa espécie de última homenagem aos mortos, no momento da mumificação; ou então, na Grécia e Roma Antiga, em respeito aos inúmeros soldados mortos em batalhas épicas. Só sei que o “1 minuto de silêncio” é muito usado antes do início de partidas de futebol, geralmente quando um ex-ídolo ou cartola morrem. Obviamente ele não é feito certinho porque dura alguns segundos e as torcidas não estão nem aí para o defunto e continuam a cantar seus gritos de guerra!



Bom, mas vocês devem estar pensando o porquê eu ter começado a escrever sobre o “1 minuto de silêncio”. Simples: a minha rotina (e a de muitos outros) é bombardeada com muito barulho, muitas vezes um barulho desnecessário. Há quem reclame da poluição visual, da sujeira, do trânsito, mas nesses últimos dias o que vem me incomodando é o excesso de sons desagradáveis: buzinas, freadas dos carros, metro, telefones, alto-falantes, os vendedores ambulantes, os pedintes do metro, minha mãe e minha irmã berrando no meu ouvido... parece que minha cabeça está dentro de um grande sino e ele não pára de soar! E essa é uma situação tão crítica que apenas 1 minuto de silêncio não basta. Foi durante o caminho de ida ao trampo que surgiu minha grande idéia: e se tivéssemos 24 horas de silêncio? Quase todo barulho produzido pelo homem fosse interrompido por um dia. Seria uma tarefa árdua mas ao mesmo tempo interessante. Eu afirmo que seria difícil porque não seria permitido nenhum tipo de som, até mesmo conversas, assim as pessoas teriam que se comunicar através de outras formas. Quem sabe aprenderíamos a entender os olhares, as expressões faciais, nos embalaríamos num abraço gostoso, sentiríamos o perfume doce e refletiríamos mais sobre nossas vidas. Só seria válido os sons da natureza como os galhos das árvores se batendo devido ao vento, os pássaros no jardinzinho, os latidos dos cães ao verem seus donos. Tudo deve ser real, nada de CDs reproduzindo os sons que eu acabei de descrever. Em vez de ouvir o rádio, lê um jornal, você ficará informado da mesma forma e ainda contribuirá para melhorar seu vocabulário e o poder de interpretação de texto. Dê uma pausa para sua canção favorita, leia um livro, borde, pinte, faça jardinagem, escreva uma carta (quem sabe anos e anos usando apenas o computador tenha estragado a sua caligrafia?), vá fazer um exercício e deixe de lado o seu carro barulhento ou qualquer um dos meios de transporte. É um tanto utópica essa minha proposta de silêncio, mas creio que muitos concordariam com essa pausa, o fim da poluição sonora. Claro que haveria percalços. Imaginem você que mora na zona Sul ter que abrir a mão de um veículo e ir trabalhar na zona Norte? Seria complicado. Por isso haveria exceções em alguns locais como hospitais e pronto-socorros, delegacias e centrais de emergências e dos bombeiros. Talvez seria compatível se o dia do silêncio fosse realizado num fim de semana, assim lojas não seriam abertas (imaginem como o vendedor faria para convencer o cliente a comprar determinado produto?) e as pessoas poderiam ficar em casa. Mas como o capitalismo fala mais alto, duvido que o setor de comércio concordaria com isso.



Há gente também que não aguenta ficar de boca fechada e não suportaria nem 1 hora de silêncio, o que dirá 24 horas! Geralmente são pessoas que não tem muito o que dizer, só enchem linguiça mesmo com um papinho tão desinteressante, com um conteúdo tão profundo quanto um cinzeiro. Essas matracas colocariam tudo a perder. O mais interessante no que eu sugeri é saber como o homem iria se virar para se comunicar pois justamente o que nos diferencia dos outros animais é a fala! Esse é nosso maior meio de comunicação, afinal nós somos estimulados a falar desde de bebês. Estaríamos retrocedendo, justamente realizando o inverso dos nossos ancestrais que iniciaram toda essa conversação. Só que eles não imaginaram que o excesso de barulho e papo furado nos daria grandes dores de cabeça!
Words like violence
Break the silence
Come crashing in
Into my little world
Painful to me
Pierce right through me
Can't you understand
Oh my little girl
All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very
Unnecessary
They can only do harm
Enjoy the silence...

sábado, 18 de julho de 2009

Ator-fetiche

Hoje reservo esse espaço para explicar o que é o 'ator-fetiche'. Esse termo eu criei para classificar um ator o qual eu me apaixonei perdidamente, não apenas pelo o que ele é, mas por todo o seu trabalho! Geralmente ocorre sem querer: eu me pego vendo um filme sem grandes pretensões, de repente um ator em questão me chama atenção, o personagem me cativa e bingo, lá está a Shil com vontade de conferir todos os filmes do ator em questão! Não necessariamente é um cara que esteja no auge da popularidade, boa parte das pessoas que eu conheço não tem a mínima idéia de quem sejam esses meus atores-fetiches! E essa minha admiração não é passageira, eu sou uma pessoa muito fiel ao que admiro.




Tudo começou em 2000; eu costumo dizer que demorei 7 anos para conferir um dos filmes da minha vida: "A Lista de Schindler". Tudo conspirava para que eu o assistisse, eram as aulas sobre 2ª guerra mundial, o fato da minha professora de Literatura, a Eliane, comentar que achava o Spielberg um diretor sensível, citando a cena da menina de vermelho no filme sobre a vida de Oskar Schindler. Lembro também que eu estava lendo "O Diário de Anne Frank", então meu intersse pela 2ª guerra tinha aumentado. O filme foi exibido numa Sexta-feira no Cinema (no SBT) e ao fim de tudo eu fiquei de boca aberta! Sabe como é, nunca imaginei que o tio Spielberg faria algo tão maduro quanto esse filme, talvez eu pensasse que ele ficaria marcado por fazer grandes blockbusters, como ET, Parque dos Dinossauros, etc. Foi a primeira vez que prestei atenção numa trilha sonora, no papel da fotografia em uma película,contexto histórico e interpretações. A mais marcante foi justamente do insano Amon Goethe, feito pelo Ralph Fiennes; mas depois da "Lista", nunca mais ouvi falar dele (isto é, não porcurei ver outros de seus filmes).



Passados alguns anos, em meados de 2005 eu leio uma reportagem sobre "O Jardineiro Fiel", filme dirigido pelo Fernanado Meirelles ("Cidade de Deus") e o protagonista é o Ralph. Lendo a entrevista com o cara, foi revelado que ele seria o Lord Voldemort no "Cálice de Fogo"!! Eu nem acreditei, escolha mais do que perfeita porque o Ralh manda muito bem em papéis de vilões. Vocês podem imaginar eu no cinema vibrando feito uma louca quando finalmente pude vê-lo em ação na franquia do Potter. E seguiu também minha peregrinação 'ralphiânica', vendo ao filme do Meirelles, "Fim de Caso" ( fazendo par romântico com a Julianne Moore), "Dragão Vermelho" (suspense dos bons, novamente como vilão, ao lado do Anthony Hopkins e Edward Northon), "Encontro de Amor" (sim, comediazinha romântica com a Jennifer Lopez, mas dá pro gasto!), "O Paciente Inglês" e por fim "A Ordem da Fênix". E fico na espera por mais atuações dele - preferencialmente se for um vilão!!!




Outro ator que me cativou desde o primeiro filme foi o Hugh Jackman. Lembro como se fosse ontem: 14/04/2002, Tela-Quente, estréia de "X-Men". Eu nunca li um quadrinho da Marvel, só tinha na memória o desenho dos X-Men que passava na TV Colosso, por isso não faço parte do coro que reclamou das mudanças que ocorreram no filme. É um filme pipoca sim, mas com conteúdo, atual, cheio de metáforas sobre preconceitos e questão de igualdade. E o filme não seria o mesmo se não tivessem escalado Hugh Jackman para o papel do Wolverine. Carisma ele tem de sobra e isso ajudou muito. A relação dele coma Vampira foi o que mais me chamou a atenção (como eu não sabia nada do enredo dos quadrinhos, eu achava que eles ficariam juntos, como um casal, torcia por isso). De longa, a Vampira é a personagem mais interessante nesse filme. Tem um fato engraçado: eu tenho fetiche por nariz (!) e o nariz do Jackman é perfeito, toda vez que a camêra pegava o perfil dele, era um suspiro... Dentre os outros filmes do Jackman, eu indico "O Grande Truque". Pra quem curte comédia romântica tem "Kate & Leopold" e "Alguém como Você", e outros filmes do moiçolo são "Van Helsing", "Fonte da Vida".



Depois de um britânico e um australiano, chega a vez de um mexicano! Gael Garcia Bernal é outro que tem meu prestígio. Por volta de 2004 ele esteve no Brasil, junto com Rodrigo de La Serna, para divulgar "Diários de Motocicleta", de Walter Salles, sobre a viagem que o jovem Ernesto Guevara (futuro Che) e seu amigo Alberto Granado fizeram em toda a América do sul. O momento foi mais uma vez oportuno porque eu estava lendo uma biografia do Che, passando mais a me interessar sobre a vida dessa figura tão polêmica. A minha mãe é fã do Che (muito mais pela beleza dele do que pela revolução, é verdade), tanto que ela tinha em casa um quadro daquela imagem famosérrima do guerrilheiro. Eu, uma criancinha, achava que era uma foto do meu pai; não, nem fazia idéia de quem fosse o Che, mas naquela imagem ele estava muito parecido com meu pai de verdade. Voltando ao Gael, assim que assisti a "Diários", eu conferi alguns do trabalhos desse jovem. Tem "O Crime do Padre Amaro","Amores Brutos" (muito bom), "E sua mãe também", "Babel" e o meu favorito "Má Educação", do Pedro Almodovar. Uma curiosidade sobre o Gael é que eu já tinha conferido um trabalho dele, mas na telinha: ele fez uma novelinha infatil muito fofa, "Vovô e eu". Recordar é viver!!!









O meu penúltimo ator-fetiche é Heath Ledger, austriliano, começou fazendo séries no seu país de origem (tipo 'Malhação'). Minha atenção por ele foi devido ao seu papel de cowboy gay, Ennis Del Mar, no "Brokeback Moutain". Acho que não preciso comentar que chorei litros ao ver a história de amor impossível de 2 cowboys gays. Show de interpretação dele e do Jake Gyllenhaal.Nem parecia ser o mesmo cara que tinha participado do horrível "Coração de Cavaleiro" (esse foi o primeiro filme dele que vi, ou melhor, só uma parte, porque eu dormi). Mas eu virei 'ledgeriana' mesmo foi por causa da atuação dele como Coringa. Fato: quando soube que ele viveria o Palhaço do Crime,pensei "Wtf??? ele fazer um papel que já foi feito pelo Jack Nicholson?HERESIAAAA!!!!". Quemei a língua! Desde a primeira foto que vi dele caracterizado deu pra perceber que teríamos um Coringa insano e de fato, foi. Tanto que muitos atribuem essa insanidade do personagem a causa da morte prematura do Heath por overdose de medicamentos. Em 22/01/08 ficamos sabendo do seu falecimento, o que aumentou ainda mais a curiosidade em torno do filme. Esse último papel lhe rendeu um Globo de Ouro e Oscar de melhor ator coadjuvante. Outros filmes do Heath que valem a pena ser vistos: "10 Coisa que Eu Odeio em Você", "O Patriota", "A Última Ceia", "Candy" e "Não Estou Lá".







E por fim o meu mais novo ator fetiche: Anton Yelchin. Jovem russo que logo aos 6 meses de vida se mudou com a família para os EUA. Eu vi (e me apaixonei) ao assistir "Exterminador do Futuro - Salvação", com o Anton no papel do jovem Kyle Reese. Talvez por ser o personagem mais humano, jovem e com um ideal que eu tenha me encantado pelo Kyle e consequentemente com o ator. Ao voltar em casa eu resolvi bisbilhotar na minha coleção de revista SET e lá estava uma foto do Anton, apontado com uma das promessas para o cinema. Ele já havia chamado a atenção por "Alpha Dog" e "Charlie Bartlett" e além do "Exterminador", ele marca presença em "Star Trek", como o Pavel Chekov! Uma grande mancada minha foi ter perdido a chance de assitir "Star Trek" no cinema ¬¬




E eu torço muito para que o Anton tenhauma carreira brilhante, porque talento ele já mostrou ter. Aliás eu tive com ele o mesmo 'efeito Gael', isto é, já tinha conferido um trabalho dele sem saber quem era! Ele fez um episódio de ER (Plantão Médico) quando ainda era um gurizinho e também alguns anos depois na série Law & Order. Ele é carismático, bom ator, muitointeligente e articulado, agora é só aguardar por mais surpresas!
Boa tarde a todos!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Harry Potter e o Enígma do Príncipe - finalmente!

Bom, ontem eu consegui ir ao cinema para conferir o "Harry Potter e o Enígma do Príncipe" e agora posso dar os meus pitacos sobre o que vi. Dessa vez não ocorreu nenhum imprevisto. Encontrei meu amor em frente ao Conjunto Nacional e seguimos em direção ao Frei Caneca. Não enfrentamos filas gigantescas nem entramos numa sessão com pirralhos para atrapalhar durante a exibição. O único trailer que passou foi decepcionante, tão ruimzinho que nem me dei o trabalho de guardar o nome. E olha que ele foi dirigido por Spike Jonze, diretor que adoro! Agora cuidado que nos próximos parágrafos revelarão detalhes do filme, se você tiver interesse em ver, não leia!

Enfim, chega a hora. São mais de 2h40 de... pura enrolação! Considero esse o pior filme da série, mas também não poderia exigir muito porque o livro também é um dos mais fracos da Rowling. O começo era promissor com os ataques "terroristas", queda da ponte, mas o resto... muito fraco! É o típico caso em que as melhores cenas foram exibidas no trailer. Vou aqui ressaltar os pontos positivos do filme. Bom, Emma Watson (Hermione) E Rupert Grint (Rony) deram uma evoluída no quesito interpretação. O rapaz mostra que tem um bom timing pra comédia e a menina mostrou uma Hermione sensível, embora não tenha aquele jeito de nerd apresentado nos livros. O Radcliffe ficou irregular; para não dizer que eu pego no pé do rapaz, teve uma cena que eu rachei o bico, quando ele tomou a poção Felix Felicius e ficou "doidão". Finalmente Michael Gambon e Alan Rickman tiveram mais destaque na franquia. O primeiro mostra um Dumbledore seguro porém já cansado e preparado para o que o futuro o reservava. Já o Alan usou na dose certa a ambiguidade que retrata tão bem Severo Snape. Uma pena a direção não ter dado o devido espaço a esse personagem anteriormente. Quem leu os livros sabe da importância dele, por isso sinto falta de cenas de maiores atritos do Snape com Rony,Harry e Mione, sentir aquela raiva que sentia ao ler essas passagens nos livros, esperenado um show de interpretação do Alan Rickman. Mas se tudo fosse do jeito que eu queria, os filmes durariam cerca de quatro horas pra passar todos os detalhes dos livros... Outro ponto positivo do filme são a trilha sonora, a bela fotografia e o Jim Broadbent como o novo professor de Poções, Horácio Slughorn. Mas como nem tudo são flores...

Esse "Enígma do Príncipe" carrega o estigma de ser o 'filme que precede o último", porém é muito 'anti-clímax'! Para quem leu o livro há dois temas pricipais: um é a origem do vilão Voldemort, através de incursões de Harry pelas lembranças de Dumbledore e do professor Horácio; dessa parte eu gostei particularmente, eles escalaram o sobrinho do Ralph para ser o Tom Riddle com 11 anos e o moleque mandou bem, dava pra perceber um toque da maldade em seu olhar. O outro rapaz que fez o Tom adolescente também cumpriu bem o papel, apesar do pouco tempo em que apareceu. Mas infelizmente eles não colocaram todas as cenas que constam no livro para compreendermos porque Tom Riddle quis se tornar o lorde das trevas. A outra história que nos é apresentada é o misterioso livro de poções que pertenceu ao auto-intitulado Príncipe Mestiço e foi parar nas mãos do Harry. No livro isso gera o maior rebuliço, com a Hermione tentando a todo o custo descobrir quem foi o antigo dono do livro. Mas no filme isso é totalmennte deixado de lado. O tempo do filme foi todo gasto em ceninhas patéticas de jovens 'aborrescentes' querendo se pegar. Eu quase dormi no cinema, juro. Uma pura enrolação! Com a escalada do mal pairando Hogwarts, os alunos apenas não pensavam em outra coisa a não ser a pegação? Foi uma total perda de tempo! Se o objetivo era tornar a trama mais leve, bem eles conseguiram estragar tudo. E a tão aguardada cena da invasão do castelo foi tão sem sal... simplesmente refizeram a cena e o que foi as telas foram momentos sem um pingo de emoção. Depois eu me lembrei que se tratava do mesmo diretor da "Ordem", significando que mais uma vez ele estragaria um momento de grande tensão e clímax,tornando-o algo sem a mínima importância como foi feito na morte de Sirius Black.
E foi assim a minha jornada para ver aquele que seria "o filme" da temporada... não há outra palavra melhor para descrever o que eu senti: decepção. Se eu pudesse voltar ao tempo, escolheria 08/05/09, para poder conferir no cinema Star Trek, não vou me perdoar em ter deixado passar em brando esse filme da minha lista! Paciência. Como não sou de baixar filmes pela internet, o jeito é aguardar sair na locadoras.
Até mais!



quinta-feira, 16 de julho de 2009

Harry Potter e o Enígma do Príncipe - eu NÃO vi

Dia 15 de julho, finalmente chegam minhas férias! Hora de relaxar, curtir, poder fazer tudo o que eu gosto, enfim o descanso merecido. A data coincide com a estréia mundial de "Harry Potter e o Enigma do Príncipe", o sexto filme do bruxinho. Então nada mais lógico do que ir ao cinema junto com meu pretê e companheiro oficial de filmes. Somos muito fãs da série e adoramos trocar comentários, impressões e as cagadas dos diretores nas adaptações. É muito bom quando saímos na companhia de alguém que tem o gosto parecido com o seu e compartilhar esse momento junto.

Meu primeiro contato com Harry Potter foi em 2001, mais precisamente em 13 de junho de 2001, quando minha madrinha Natalina me presenteou com o terceiro livro da série, "O Prisioneiro de Azkaban". O fato de não ler a saga na ordem cronológica não atrapalhou em nada. Mas eu não virei uma fãzóide, daquelas que vai a pré-estréia caracterizada como um dos personagens, nem tenho bottons, cadernos nem álbuns de figurinhas. Meu interesse principal são os livros. Junto com o hábito de acompanhar a história do Potter veio mais duas paixões: ler a revista SET (porque a capa era sobre o filme) e ir ao cinema. A SET tornou-se minha revista favorita, todo santo mês eu a lia para ver o que rolava no mundo do cinema. E meu primeiro filme em uma sala de cinema foi justamente "A Pedra Filosofal", em 7 de dezembro de 2001, no Cinemark do Shopping D. Pode parecer estranho ter demorado tanto tempo para eu começar a frequentar salas de cinema mas o pior que é verdade! Sempre lamento o fato de não ter visto ao filme da minha vida, "O Rei Leão" nas telonas. Mas atualmente ir aos cinemas virou uma das minhas atividades favoritas.

Agora sobre as adaptações, bem, elas sempre deixam a desejar. Claro que é uma baita responsabilidade e uma grande dor de cabeça para os produtores o desafio de passar para a telona uma série que já é um grande sucesso, com milhões de fãs ansiosos e também com uma autora mão-de-ferro que é a sra J.K. Rowling. O diretor dos dois primeiros filmes, Chris Columbus teve a tarefa de apresentar todo o universo do livro, dar cara aos personagens, o que eu particularmente acho o mais difícil. Por mais que o diretor se esforce, ele não agradará 100% do público pois cada leitor criou pra si um estilo, um modo de ver Harry Potter. O meu é exitante mas muito mais corajoso do que o do Danile Radcliffe, aliás menos bonito também. Mas infelizmente a Warner preferiu um rostinho bonito do que um ator melhor. Isso é o que mais me irrita nessas fãs que só sabem elogiar a beleza desse menino e não estão nem aí ao fato dele ser inexpressível. O fato também do diretor também não dar um tom sombrio a série também foi um ponto a menos. São filmes extremamente infantis, chegam a ser quase ingênuos. O que mais me agrada são os atores adultos. Nomes como Alan Rickman (Snape), Maggie Smith (McGonagall),Richard Harris (Dumbledore) , pena que tem pouco tempo em cena... Eu procuro sempre ver outros filmes com esses atores. O terceiro foi dirigido pelo mexicano Alfonso Cuarón, uma tentativa de mudar o tom da série. Me agradou, mas mudou em muitas sequências, com o resultado deixando a desejar. Ainda bem que foi escalado Gary Oldman para ser Sirus Black (escolha mais que perfeita). O "Cálice de Fogo" considero o melhor, embora ele tenha muitas sequências retiradas, o resultado final não comprometeu o roteiro, assim mesmo quem nunca leu os livros pode acompanhar numa boa o filme. Teve todos os elementos necessários: o humor britânico, mistério, ação, tudo na medida certa. Eu estava ansiosíssima porque o vilão da série, Lord Voldemort seria apresentado, e o escolhido para dar vida ao lorde das Trevas foi o meu ator-fetiche (explico isso mais tarde) Ralph Fiennes. Qual foi a minha surpresa ao saber que o mesmo cara responsável em me aterrorizar na "Lista de Schindler" estaria na franquia do Potter! Escolha mais do que perfeita chamar o Ralph, dono de um charme perverso... E por fim veio o "A Ordem da Fênix"; sai Mikel Newell entra o David Yates, considerado um diretor mais "realista" e que sabe dirigir bem os atores (será que finalmente o Daniel ia representar bem em tela?). Esse quinto filme foi um balde de água fria, sem clímax, no piloto automático... sem falar que uma das cenas mais esperadas, o assassinato do Sirus foi patética.

Mesmo continuando com o Yates na direção, eu queria conferir o "Enigma do Príncipe" e assim nós, eu e meu pretê, fomos ao Bombom às 14h, para conseguir ingressos na sessão das 15h20. Nesse shopping tem Espaço Unibanco e correntistas desse banco e do Itaú pagam meia, só por isso vamos nele. Para nossa decepção, todas as sessões do dia estavam esgotadas! Claro, muitos devem ter comprado pela internet. Nunca tinha passado por uma situação assim, nem quando fui ver "O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei" (passar mais de 2 horas na fila, mas como valeu a pena...!). Nós ainda tentamos ir ao West Plaza, que é baratinho mas só tinha cópia dublada. A saga continuou com a ida ao Shopping Frei Caneca, outro lugar que tem espaço Unibanco. Então tome pegar busão, ir da Barra Funda até a av Paulista e de lá descer toda a Frei Caneca (o que causou bolhas nos meus calcanhares). Tudo isso pra chegar lá e ver que NÃO tinha mais ingressos! Tivemos que declarar derrota e compramos ingresso pro dia 16. Mortos de fome, fomos a uma lanchonete de comida mexiacana e de lá seguimos pra casa. Mais tarde escrevo sobre o filme...
beijos

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Que Rei é ele?


No último sábado todos viram que a Globo antecipou o especial de Fim de Ano do Roberto Carlos!!! Tirando o fato de ser um show no Maracanã, o resto foi previsível como sempre: Robertão começa com o indefectível "Que prazer estar aqui" e logo surgem os primeiros acordes de "Emoções". Assim ele logo segue com seu repertório que conquistou todas as mulheres maduras do nosso Brasilzão, tem como convidados o seu amigo Erasmo Carlos (para cantar "Amigo", nossa que novidade!) e a Vandoca pra lembrar a Jovem Guarda.
Desculpem me pelo tom debochado, eu mesma sou filha de uma grande fã do Robertão e por influência dela aprendi a curtir o som desse tiozão! O problema é o fato de um cantor aclamado por crítica e público, que foi influênciado pelo rock, gospel, black music, soube como poucos escrever sobre o amor sem soar brega e considerado o Rei abaixar a cabeça (e consequentemente, a coroa e o cetro) para uma emissora de televisão! Até os fãs mais fiéis concordam que RC é o peru de natal da Globo, pois sempre aparece na tv como atração natalina. A Mtv mesmo tentou apresentar o Rei a um público mais jovem com o Acústico, mas quem disse que a Vênus platinada (outro apelidinho da dita cuja) liberou as imagens. Eu fico imaginando o porquê de RC ter esse contrato vitalício, ficar acorrentado, sem poder aparecer para uma outra audiência? Será que tudo o que ele quer é passar o tempo sem produzir algo tão bom quanto ele já foi capaz de fazer? Ele está feliz por só fazer shows em cruzeiros marítimos para um monte de dondocas?
Não, eu acredito em Roberto Carlos!! Talvez meu amigo de fé, irmão camarada, talvez seja a hora de você passar mais tempo com o Erasmo Carlos, vocês são imbatíveis. Afinal a presença do Tremendão foi talvez o único momento realmente emocionante, fugindo do teleprompter com as frases ensaiadas. Ali, quem assistiu ao show, notou a verdadeira amizade, com uma das declarações mais lindas que eu já ouvi vindo de um amigo: "Queria te dizer que, nas próximas encarnações, se você deixar, eu quero de novo ser seu compadre, seu parceiro, e seu amigo.
Roberto Carlos, leia aos apelos dessa jovem fã! Manda a Globo para o inferno que assim você terá uma linda visão além do horizonte para mais um momento de criação de belas canções.
Ainda sobre o Rei
Eu perguntei a minha amiga Gaby se existe "coisa mais típica de mãe" do que gostar de RC, Fábio JR e Ronnie Von? No que ela concordou comigo, pelo menos para a geração das nossas mães, eles formaram a santíssima trindade. A vantagem é maior ao Robertão porque ele era o mais comportado da Jovem Guarda, só se casou três vezes (e sempre fiel), é religioso e nunca foi chegado a polêmicas. Talvez o que possa chamar atenção negativamente é suas bizarras manias ( já comprovadas que tratam se de TOC), mas a mulherada pode achar isso até um charme...
O Fábio Jr além de cantor foi também ator, fez muitas suspirarem em Cabocla, Roque Santeiro, Pedra sobre Pedra (alguém lembra da flor do Jorge Tadeu? rs), mas peca por ser mulherengo e não ser um bom pai - tá aí a Cléo Pires que faz questão de dizer que considera o Orlando Moraes o seu pai.
E o Ronnie Von? Bom, ele já foi o Príncipe da Jovem Guarda, também fez bons discos de rock (mais pra frente eu escrevo sobre isso); mas sempre será lembrado por duas músicas: A Praça e Meu Bem! Sem falar que ele faz um programa na Gazeta, isto significa, audiência de uns três pontos e olhe lá! Uma pena, ele tem uma biografia muito interessante.

PS: hoje é um dia pra todo roqueiro comemorar: DIA MUNDIAL DO ROCK. Eu queria muito poder escrever sobre o que originou a data, se bem que muitos meios de comunicação voltados ao público jovem fará isso. Então deixo aqui uma dica de boa leitura: O ALMANAQUE DO ROCK, de Kid Vinil. É divertido, bem didático, com muitas curiosidades do rock no mundo e no Brasil. Tudo pra entender esse tal de 'roque em rou'!

bjos

domingo, 12 de julho de 2009

Yes, nós temos Soda Limonada

A Soda Limonada foi criada em 1989; eu nasci em 1986 porém em nenhum momento da minha vida lembro-me de assistir uma propaganda desse refrigerante. E você, querido leitor, recorda? É claro que no nosso inconsciente coletivo esteja encravado os diversos jingles e comerciais da Coca-Cola, como por exemplo, “tchurururururu, sempre Coca-Cola”, ou “Gostoso é viver Coca-Cola”. Ou vai me dizer que já esqueceu dos ursinhos polares brincando no pólo norte com a garrafa da bebida. Os brindes também eram o máximo, afinal quem não colecionou as mini-garrafas (aquelas que nossas mães falavam que tinha veneno e por isso não era pra beber!), ou jogou os iô-iôs na hora do recreio? Um sonho de consumo para a garotada.

O nosso brasileiríssimo Guaraná Antártica não fez por menos e resolveu fortalecer sua marca no mercado publicitário. Primeiro foram os memoráveis comercias da pipoca (“Eu quero ver pipoca pular/Pipoca com Guaraná/Soy loca por pipoca y Guaraná) e da pizza (“Como é bom te ver/Você chegou na hora ‘H’/Adoro pizza com Guaraná”). Logo depois fez o povo cantar “Uh Guaraná, uh Guaraná ANTÁRTICA!” e no fim dos anos 90 repaginou o visual da embalagem. Mas deixou de lado a saborosa Soda Limonada... Um refri tão gostoso e irresistível merecia maior reconhecimento de sua fabricante. Se até a Dolly, que é um puta refrigerante ruim, tem propaganda, porque a Soda é jogada pra escanteio? Não quero que a querida Soda Limonada tenha o mesmo destino da Pop Laranja, refri que teve como garoto propaganda ninguém mais, ninguém menos o Bozo. Mas ela infelizmente se foi...
Meu pretê disse que a Soda Limonada nem precisaria de propaganda na tv, ela é uma bebida "cult", do "underground". Mas se desse na telha do departamento de marketing da Ambev de trazer a Soda para o mercado publicitário??? Qual seria o slogan? - "Essa é fácil!", ele disse - " Soda Limonada, eu bebo porque sou soda!!"
Se depender disso, a Soda tá lascada!!!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

A última da Malu!

Tudo começou em 16/06/09, quando eu e a Gaby resolvemos explorar o Shopping Bourbon Pompéia - rebatizado por nós de BomBom para "afofurizar"! Bom, depois de conferir quase todas as lojas de roupas, escrotizar alguns looks inusitados e nos maravilharmos com uma loja de souvernir, nós demos uma parada na Livraria Cultura. Eu, particularmente, fico em estado de transe quando entro numa livraria como essa, afinal há uma infinidade de livros dos mais diversos assuntos, impossível eu não sair de lá maravilhada. Pena que não posso compartilhar essa experinência com meus familiares...

Bom, a Gaby foi ver álbuns de música eletrônica, ela está curtindo muito esse estilo devido as baladas! Eu corri para a seção de dvd's. Minha mão coçou muito quando vi "O curioso caso de Benjamim Button", recém saído do forno (opa, dos cinemas), mas depois meu olhar foi parar numa prateleira que tinha a trinca "O Mágico de Oz", "Forrest Gump" e "Edward, mãos de tesoura". Cada um tem um significado marcante pra mim. "O Mágico de Oz" é bem aquele filme família, além de ser um clássico. Esse filme, apesar de muito antigo (de 1939), dá de 1000 a zero a muita produção atual. Como dizem os cinéfilos mais assíduos: o filme envelheceu bem, tanto na mensagem como no visual. Uma prova disso foi a reação da Malu quando viu a Bruxa do Oeste; não me lembro de ver uma criança tão apavorada quanto ela ao ver uma bruxa!

Já o "Forrest" é um dos meus 'arranca lágrimas' favoritos, afinal não é possível você não simpatizar com uma figura tão cativante quanto o personagem título, interpretado super bem pelo Tom Hanks. Muitos torcem o nariz porque é um filme que tem como pano de fundo a história dos EUA ( e qual produção hollywoodiana não faz isso? ) e outros fazem piadinhas, usando o nome Forrest como sinônimo de mentiroso. Isso não tira o brilho e a emoção de ver a um filme com ótimos roteiro e interpretações. Como sempre digo: eu sou Forrest e existe alguém em minha vida que faz as vezes de Jenny (no caso, a versão masculina dela). Se você não chora quando ouve Forrest dizer "Jenny, eu não posso ser inteligente, mas eu sei o que é o amor", você é um completo de um insensível.

E por fim tem o "Edward", filme que marcou a minha infância. E fica cada vez melhor quando você cresce e passa a entender com maior complexidade todas as questões apresentadas no filme: a sociedade das aparências, o amor impossível, o contato com o diferente, aquilo que torna uma pessoal excepcional. E essa magia atingiu a Malu! Ela simplesmente adorou o filme, sempre que pode ela pede pra ver "O Tesoura". E pensa que a figura do Edward assustou a menina? Negativo! Inclusive, toda vez que eu a levo para brincar na pracinha, ela aponta para os arbustos podados e diz "Olha, o Tesoura passou por aqui!!". quando eu pergunto o porquê dela ter gostado do filme, ela responde: "O Tesoura parece ser um monstro, mas ele é bonzinho. As pessoas que são mal (sic)."

Essa admiração da Maluzinha gerou até um fato engraçado. Na última semana, ela se trancou no banheiro. Quando ela saiu, minha tinha foi conferir o que ela aprontou. Não foi a nossa surpresa ao ver alguns fios de cabelo no vaso sanitário! Ela tinha pego a velha tesoura da minha avó e deu uma "aparadinha" na franja!!!