quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Ela é a fera, ela é a Bela


De todas as princesas Disney, a Bela sempre foi a minha favorita. Não seria exagero afirma que  "A Bela e a Fera" é o desenho mais visto por mim, superando até "O Rei Leão". Infelizmente não tive a chance de assisti-los no cinema. Faço um esforço danado para me lembrar a razão pela qual pedi de presente o VHS d'A Bela e a Fera. Todo esse fascínio começou na época do lançamento da animação, em 1992 (Shilzinha com 6 anos). Logicamente eu não era essa cine-nerd-rock que sou hoje em dia. Mas já tinha bom gosto desde pequena. Juro não me recordar de ser bombardeada por propagandas do filme, mas apenas de uma reportagem do Jornal Hoje. O motivo de A Bela e a Fera chamar tanta atenção foi a sua indicação ao Oscar® de Melhor Filme. Aquilo foi um fato inédito na história da Academy Awards. Anos mais tarde foi criada uma categoria para que as animações concorressem (prêmio de melhor Animação) e o primeiro vencedor foi Shrek, da Dreamworks. Procurando Nemo, Os Incríveis, Happy Feet, Wall•e, Toy Story, Rango foram alguns dos vencedores. Todos eles estão na minha lista de favoritos, mas nada se compara ao frisson que A Bela e a Fera causou na minha infância.

Realmente tô fazendo uma viagem no tempo para me lembrar em qual ocasião eu ganhei de 
presente o VHS. Dia das crianças ou natal? Só sei que fiquei muito orgulhosa. Junto com a fita veio um livro, que basicamente contava a  mesma história. Se eu ia para casa da Li ou pra casa do meu pai, levava juntos o VHS e o livro. Outra oportunidade de assistir ao filme era quando tinha horário político. Sempre eu e o meu sobrinho Thiago (na época com pouco mais de 2 anos) pedíamos pra ver. E o Thi, tadinho, acabava dormindo no meio da exibição e por um bom tempo ficou sem saber o final da história.

Resumindo a história, a Disney fez a seguinte versão: um jovem príncipe vivia em seu castelo (só poderia ser num castelo, né? Imaginou ele vivendo numa casinha de sapê?!), contando apenas com a presença de seus subalternos. Numa noite de tempestade, uma velha mendiga bate a sua porta, pedindo abrigo e comida. Em troca ela oferecia uma rosa. O príncipe ficou horrorizado com a feiura da velha e a expulsou. Mas ela era uma feiticeira e acabou jogando um feitiço no príncipe e em todos os moradores do castelo: ele se transformou numa horrível Fera e os empregados em objetos. Somente se ele aprendesse a amar e fosse retribuído, o feitiço se acabaria. Caso contrário, ele permaneceria Fera para sempre. O filme dá um salto no tempo e conhecemo a jovem Bela, filha única de Maurice, um velho inventor,e que vivia numa vila na França. Ele participará de uma feira de invenções, porém ele acaba se perdendo no caminho e acaba procurando abrigo em um horripilante castelo. Lá acaba tornando se prisioneiro da Fera e cabe a Bela libertar o seu pai, oferecendo-se como prisioneira. Em suma, é isso (confesso que o calor de 36º me impendem de detalhar mais o filme, a preguiça só aumenta e tô quase vendo miragens na minha frente! Vão pro Google!).

No alto dos meus 6 anos o que me chamava atenção era a mensagem de nunca julgar as pessoas pela aparência (muito antes de ver uma animação de um certo ogro verde). Claro que o alívio cômico por parte dos objetos-empregados do castelo e os números musicais me encantavam. Mas conforme eu ia crescendo (entendam: amadurecendo), eu prestava atenção a novas nuances. O diálogo abaixo já nos entrega todo o perfil da personagem:

-Papai, o senhor  me acha estranha?
-Minha filha, estranha? Onde você ouviu uma coisa dessas?
- ah, não sei, é que me sinto tão só, não tenho ninguém pra conversar...
-E o que me diz do Gaston? Ele é um rapaz bonito....
-É, é bonito sim e rude e convencido, não papai, ele não é pra mim.

Logo de cara percebemos que ela tem personalidade. No primeiro musical, os moradores da vila cantam que "O nome dela quer dizer beleza, especial é essa donzela/Mas por tras dessa fachada, ela é muito fechada/Ela é metida a inteligente/ Não se parece com a gente/Se há uma moça diferente é Bela"


Rola uma identificação total agora por notar a paixão da Bela pelos livros e suas visitas a biblioteca. Qualquer semelhança não é mera coincidência. Ela torna-se o oposto do que espera o Gaston. Isso fica mais evidente na cena em que o brutamontes joga o livro da nossa heroína na lama:

-Não é direito uma mulher ler...logo ela começa a ter a ideias, a pensar...
-Ora Gaston, você é um homem muito primitivo...
-Ah, obrigado Bela. 

Em outro momento, ao tentar pedir a mão de Bela em casamento, Gaston mostra qual é o papel da mulher na sua restrita visão de mundo:

-Imagine uma cabaninha rústica, a minha última caça assando, a esposinha massageando meu pés...as crianças correndo pela casa, brincando com os cães. Teremos 6 ou 7 (filhos). 

Mas a Bela sempre deixou claro que quer mais do que a vida do interior. Ela prezava por sua 
liberdade. Tanto que após o fora que ela dá em Gaston, acontece um dos meus momentos favoritos do filme, quando ela sai de casa indignada e cantando:

"Madame Gaston
Casar com ele
Madame Gaston
mas que horror
jamais serei esposa dele
Eu quero mais que a vida do interior
Eu quero viver num mundo bem mais amplo
Com coisas lindas paraver
E o que mais desejo ter
É alguem pra me entender
E é por isso que tenho tantas coisas pra dizer!"

Todas as minhas amigas puxam a sardinha pro lado da Ariel ( a Pequena Sereia). Sim, ambas querem conhecer o mundo, tem sede de conhecimento e aventuras, mas a Ariel está mais para uma adolescente rebelde confrontando as ordens do pai, disposta a mudar sua própria natureza  e abrir a mão de sua voz para conquistar o seu príncipe encantado. A Bela já faz um esforço maior e mais digno: ela troca sua liberdade pela do pai. Ela enfrenta a Fera de igual para igual e num momento de compaixão ajuda a Fera, após ter sido resgatada de um ataque de lobos. É nisso que a Bela ganha pontos. Ela nutre aquilo que podemos chamar de amor por um ser de aparência bestial, não é aquele lance de amor à primeira vista pelo príncipe encantado. Ali, o envolvimento dela com a Fera demonstra carinho e respeito. Mas aí vem um engraçadinho insinuando que rola uma zoofilia na parada! Por favor não destruam minha infância.Hoje eu vejo a Fera como uma representação mais animalesca do ser humano. A sua agressividade, força física, falta de controle. Mesmo assim o amor surge entre os dois. Tanto que uma das cenas mais lindas ( e melancólica) é após o baile, quando a Fera liberta a sua amada para que ela vá buscar o pai perdido na floresta. O verdadeiro amor liberta. O que Gaston queria era ter Bela como mais um de seus troféus. Ele nunca a amou.

"Desde o primeiro dia em que a vi eu disse, não há ninguém igual a ela/eu vi logo 
que ela tinha a beleza igual a minha e por isso eu quero casar com ela"

Gaston a considerava a melhor e para ele nada mais natural que casar com a melhor. Tão narcisista que ele se via ao observar a Bela (eu vi logo que ela tinha a beleza igual a minha). Isso é o desejo, a possessividade. Não é genial observar esses pequenos detalhes em uma animação? É tão rica, mais do que muito filme "sério" lançado atualmente. 


É chegada a minha hora de viver num mundo mais amplo. 




Nota da autora: o título do texto foi tirado da música "Foi ela", de Sergio Sampaio cantada na voz de Silvia Machete

Nota da autora 2: esse texto foi ruminado durante a semana inteira, antes da notícia bombástica da compra da Lucasfilm pela Disney. Portanto a Bela passa a ser a minha segunda princesa Disney favorita. O primeiro lugar sempre será da princesa Léia, porque ela tem o melhor príncipe e o melhor pai!


♫Sugestão de trilha sonora:


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Brincando com as palavras

Aproveito o meu ócio o quanto posso...na falta do que fazer, se vejo um papel em branco eu começo a escrever um monte de palavras, sem nenhuma conexão aparente. A regra é não ter regra, é não ter lógica. Só fazem um certo sentido pra mim. Mas não vale eu explicá-los. Segue abaixo o resultado dessa brincadeira com palavras. Já vou alertando que não é lá essas coisas.

1) Amortecedor

amortecedor
amor
        tece
              dor
a
  morte.

2) Poema de uma palavra só

"amador"

3) #3

amor  Roma

amoraroma

4) #4


Mar 
         
   | -   Elo (perdido)
        
Céu

5) Hai-Kai

Ateia ou à toa?
Não importa,
Eu tô feliz, eu tô de boa!



♫Para ler ouvindo:

Titãs - O pulso

Marisa Monte - Segue o Seco



quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Amor em 7 notas





Dói muito perceber que estou apaixonada novamente por uma canção. É um som novo, tão fresco quanto o vento no Outono ao final da tarde. Ironia das ironias, eu não queria me apaixonar mas muitos afirmam que esse estado de incerteza e entusiasmo não tem controle. Carência em demasia? Não sou a pessoa mais adequada para responder. Pode soar como uma velha sinfonia, um disco riscado repetindo o verso mais dolorido. Disco é algo muito antigo, seria mais apropriado informar que o arquivo de MP3 foi corrompido. 

Eu adoraria, eu adoraria
Saber o percurso da tua boca à minha

Eu adoraria, eu adoraria
Ter de noite e de dia
Me perder na linha
E me encontrar no escuro desse seu olhar♫


Resolvo ouvir minha música de modo que ninguém mais possa ouví-la ou reconhecê-la. Nem mesmo ela pode imaginar. Tudo o que desejo era poder cantá-la em alto e bom som e encantar a multidão com um sentimento tão bonito e, ao mesmo tempo, tão confuso. Admirem, invejem a minha canção! Mas é muito arriscado cantar o meu amor.  A melodia me envolve mas ela não faz a menor ideia do seu poderoso alcance, porque esse som é muito puro e inocente. A culpa é minha, somente minha. Há notas alegres que resgatam os risos infantis, aquela risada espontânea de quem ri por qualquer besteira. Despreocupação com o que acontece ao redor dele. Para esse som o que realmente importa é rir de tudo, rir de todos e até de si mesmo. O futuro dele é o meu presente. O presente dele é o meu passado. 

E a gente canta
E a gente dança
E a gente não se cansa
De ser criança
A gente brinca
Na nossa velha infância...


Minto. Sim, eu tento enganar todo o mundo, desvio o olhar por medo de descobrirem o meu amor. Está gravado em mim. E como todo amor, ele é composto por acordes que me levam da alegria à tristeza, do otimismo à dúvida em frações de segundos. Você virou um tango, minha paixão. Não vê o quanto amadureceu? Não fique exalando o espírito juvenil para sempre. Depois será tarde demais para mim. É muito provável eu não ser a sua única fã. E é quase certeza também que você só me veja como uma partitura desgastada. Não fique mal, eu te entendo. Pelo menos tento te compreender. Lanço um desafio: tente me decifrar. Verá que não sou tão complexa. Só você para embalar meus pensamentos.

Seus olhos solares
São algo que eu nunca vi antes
Alguém próximo
Que pode me entender
Eu cairia e você sabe
Que eu faria qualquer coisa
Por você


Fato é que vivo uma luta interna, a razão contra emoção - o velho embate que só existe na minha mente! Você não nota. Talvez você tenha captado essa minha curiosidade por você e por isso manteve a distância, mesmo quando estávamos próximos. Eu tenho provas, fique tranquilo, essa afirmação eu posso garantir não ser nenhuma distorção das minhas recentes memórias. Queria ter mais coragem e ser mais eu para cantar cantigas tão bonitas até você dormir e não temer a noite. Eu manteria meus olhos abertos e enxergaria por você. 

Todo o dia no seu portão

Vejo o seu olhar
Bate forte meu coração
Mas não sei contar
E eu pego a viola
Faço um verso feito um trovador
Quem sabe, então
Você me dê...

Me dê o seu amor

Solto a minha imaginação ao te ouvir. E o medo também retorna. Medo de ficar marcada como uma banda de um hit só. Eu queria estar mais perto. Pensando dessa forma eu agora já coloco em cheque o meu próprio sentimento. Eu mencionei o desejo, mas o ideal seria citar a ternura. Desejo é posse, ternura é a libertação. Mas é deveras triste sentir saudades. E por isso eu te canto. Sonho o dia em que perceberás a minha alegria em tê-lo ao meu lado e ficará comigo por vontade própria, sentido o mesmo que eu sinto. Vamos fazer uma canção juntos.

E de longe, muito longe

eu vou chegar
E de longe, muito longe
pra te encontrar
E de longe, muito longe
não vou voltar
E de longe, muito longe
onde o tempo se esconde
Eu vou te dar as mãos♫



Lá no fundo eu percebo o quanto sou estúpida. "Cresça, Silvia, não há mais tempo, pare de viver no mundo das ideias. O que seria do sua vida ao lado dessa canção? Ela não pode ser a trilha sonora da sua vida, ela não está nem aí para você. Isso te marcará como alguém que não almeja crescer. Você sempre tocará a mesma nota até a corda arrebentar a fibra do seu coração. Esse som logo atravessará os anos e encontrará uma musa para inspirá-lo a vida 
toda." O meu futuro é muito distante para minha canção. Eu sempre tive a sensação de chegar atrasada; pela primeira vez na minha vida eu me encontro muito adiantada.

Ninguém sabe mas você tem um sorriso secreto
E você usa só para mim
Ninguém sabe mas você tem um sorriso secreto
E você usa só para mim

Então use e prove
Tira essa tristeza
Estou perdendo, estou entristecendo
Mas você pode me salvar da loucura


Sinto que estou no limite. Às vezes saio um tom abaixo, outras um tom acima. Eu mesma acabo me tornando uma música, aquela que não se afina. Eu sei que certos momentos não se repetirão, nunca. Embora eu pare no tempo pensando em tudo o que foi bom e torcendo para que essa ótima sensação permanecesse eternamente em nossas vidas. Nada será como antes, pelo menos para mim. A música está livre, encantando todos ao seu redor. Esse som tem potencial e eu aqui estou longe, admirando secretamente. Eu vou pintar um quadro com todas as suas notas e ajudarei a você perceber.

♫Vem, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido♫

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Tá chegando a hora

Finalmente, depois de uma longa espera, chega a hora de arrumar minha mala e ir rumo à Garça! Esperava ansiosamente por isso, acho que desde fevereiro! Será a primeira vez que irei sozinha para um lugar que nunca estive antes, sem conhecer pessoalmente ninguém. Lá serei recepcionada pela minha amiga Pâmela e seus amigos e familiares. Lógico que minha mãe achou a ideia meio absurda no início, afinal como saber se ao longo desses 2 anos eu conversava com uma quadrilha de tráfico internacional de donzelas? Lamento mãe, mas suas suspeitas foram pro brejo. Acho que minha mãe não gosta da ideia de ver seus filhos cortando o cordão umbilical e sente até certa satisfação quando nota que um dos seus filhos não foram bem sucedidos. Vale para ela ser sempre a salvadora da pátria, colocando seus filhotes na barra da saia e exibir o seu fardo. Desculpe me mãe, mas isso é a pura verdade, a senhora não pode perceber porque age assim inconscientemente. 

Bom, voltemos o foco para a viagem. Como eu já escrevera, estava muito ansiosa em respirar novos ares (menos poluído), conhecer gente nova, com ideias e experiências diferentes das quais já passei. Por um tempinho eu acredito que conversei mais com a Pâmela via sms e Facebook do que com muita gente que estava ao meu lado. Uma nova perspectiva, pois eu já sabia o que meus amigos e familiares opinariam sobre minhas indagações. Claro que não me fechava num mundo no qual meus olhinhos míopes ficariam colados na tela de um monitor e/ou de um celular. Mas agora seria a hora de conhecê-los pessoalmente. Dá até um nervosismo bom, por que como será a reação ao vê-los em carne e osso? A gente pode ver várias fotos, ler vários comentários, mas será um novo recomeço, afinal não é estranho você conhecer os gostos musicais, de filmes, ler e compartilhar histórias sem ter a presença física do(a) amigo(a)? Muitas vezes eu penso se eu conhecesse a Pâm, o Lucas e os demais pessoalmente se seríamos realmente amigos. Afinal, dava também pra saber os "defeitinhos" que cada um de nós temos, hihihi. Sou tão franca nas redes sociais que vivo me chamando de chata! Bom, a maioria dos amigos que fiz através da internet foi além do pc e o saldo é positivo.

Hoje eu acordei mais cedo do que o habitual para comprar a passagem. Como já me informaram que a viagem será loooooooonga, eu escolhi o primeiro horário, às 07h00. Foi a primeira vez em 2 meses que volto a pisar na Barra Funda. De lá, segui ao  West para almoçar. Até que não estava tão cheio para o horário, porque muitos funcionários das empresas que ficam ali por perto foram comer também. Era fácil identificá-los: tinham no pescoço o crachá (grilhões) da empresa. 

Agora fico só na esperança de conseguir nessa viagem o que eu busco há tempos: mais equilíbrio e tranquilidade. Esse ano não tem sido lá essas coisas. Tem tanta coisa ruim, tanta picuínha (adorei quando o Chalita usou essa palavra na campanha!!!), as pessoas conseguindo complicar o incomplicável. Talvez eu esteja bem árcade, quero só a simplicidade, nada mais. Quando eu peguei o ônibus e vinha para a biblioteca, olhava a paisagem e só via muita gente, muita gente mal vestida com roupas que não combinavam com seus estilos, mas que mesmo assim insistiam porque tal vestuário era a última moda! Há muitos carros, muito barulho e muita gente mal educada...eu daria tudo pra ficar sossegadinha no meu cantinho. Sabe, ouvir o silêncio...me encantar com fatos prosaicos, rir de coisa boba e quem sabe de lambuja a Pâmela me ensinar um tiquinho de piano! Eu pensei que já tinha conseguido alcançar esse estágio de liberdade, mas logo já me sentia pressionada, enjaulada, controlada e vigiada. Eu pensava que complicava de mais a vida, mas percebi que sou ainda caloura nessa arte. Há pessoas que nunca vão entender essa minha urgência em querer ficar a maior parte do tempo sozinha. Não é depressão, nem apatia pela vida, é simplesmente ...QUERER FICAR SOZINHA!

Agora para esse feriadão quero aproveitar bem a companhia dos meus amigos. Torço para que tudo dê certo, que aqueles primeiros minutos de "estranhamento e reconhecimento" sejam rápidos e os papos fluam tanto quanto nas redes sociais. 


Vejo vocês após o dia 15 de outubro!


♫ Para ler ouvindo o som de...Red Hot Chili Peppers!


terça-feira, 9 de outubro de 2012

CUIDADO: CONTÉM SPOILER!!!!

Meu amor pelo cinema é inversamente proporcional ao amor que sinto pelos spoilers! Eu descobri o que significava essa palavrinha por acaso numa noite de 2007, quando saboreava um burrito junto com meus amigos. Era época do lançamento de Jogos Mortais IV e eu tive o desprazer de assistí-lo (e pessimamente acompanhada). Durante uma mordida e outra no meu burrito, eu comentei que o quarto filme tinha uma relação com o terceiro e, se não me falhe a memória, citei qual era o personagem que linkava os dois filmes. Um dos meus amigos lamenta, "Pô...não era pra falar, estragou a surpresa...Você foi muito spoiler agora, Sil...". Confesso que tinha ficado muito sem graça na hora, não imaginava que uma simples frase acabaria com todo o suspense! Mas pensando bem, poxa que roteiro mega fraco, bastava um comentário que o mistério seria revelado!!! Culpem os roteirista, não a mim honey!

Bom, desde esse dia eu passei a ter um cuidado minucioso ao comentar sobre qualquer filme (até aqueles antigos, que passaram exaustivamente na Sessão da Tarde,  datados de 1900 e Guaraná Taí). Até hoje eu não converso sobre o final do Titanic  sem antes perguntar à pessoa se ela já o assistiu. E mesmo se ela comentar "Pode me contar o final do filme, não tem problemas" é aí que eu fecho a matraca, afinal uma pessoa que não vê nada demais em descobrir o fim da história sem ao menos assistir ao filme não sentirá dó nem piedade em contar o final para mim, mesmo eu não querendo saber!!!! Várias vezes eu tive de tampar meus ouvidos pressionando bem forte com as minhas mãos e ainda ficava cantarolando trá-lá-lá-lá bem alto para abafar o som do spoilerento lazarento! Com o último filme do Batman, The Dark Knight Rises, eu redobrei o cuidado evitando entrar em blogs, ler comentários de reportagens, evitei as hastags do twitter...tudo para não estragar a surpresa. 


E olha que eu fui bem sucedida! Mas sem querer querendo eu dei uma mancada master numa conversa via sms com minha garcense, a Pâmela. Se você ainda não viu The Dark Kight Rises ("O Cavaleiro das Trevas Ressurge"), não leia o que segue abaixo. Tô te avisando viu...





Ainda por aqui?! Então leia por sua conta e risco! Aqui vai o diálogo entre mim e a Pâm, ele será escrito exatamente como constam nas sms's originais.

Para Pâmela:
02/10/2012  22:31

Fica frau eh o mesmo que fica fria? Kkk ei, vc viu 500 dias com ela?
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Para Silvia:
02/10/2012  22:46

¿ isso msm, rs. Aaaah ¿ mtoooo fofooooo!!! Gente, como ¿ fofo esse filme *_* so achei mancada da summer...mas ok, legal o estilo do filme. as animacoezinhas, gosto desse estilo :D
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Para Pâmela:
02/10/2012  23:02

Então: eu fui o artur e meu ex a Summer. Kkk

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Para Silvia:
02/10/2012  23:05

Nossa,q comparação kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk! nao seja boba shil XD
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Para Pamela:
02/10/2012  23:07

Kkk, vc reparou que o ator que faz o patrao dos 2 eh o mesmo que faz o agente Coulson dos Vingadores e em todos os filmes de heróis da marvel?


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Para Silvia:
02/10/2012  23:10

Nooooossaaaaaaaaa. Eu conhecia "de algum lugar" mas agora faz sentido, Vc ¿ bem espertinha rs
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Para Pamela:
02/10/2012  23:11

Memoria de elefante. Agora eu faco a piada: o agente Coulson  ta vigiando o robin :)
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Para Silvia:
02/10/2012  23:13

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk faaaaaaaaaaalando em robin, vc viu o batman 3?
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Para Pamela:
02/10/2012  23:13

Sim. Vc nao entra no face que até esquece minhas postagens de quando fui ver o filme Kkk
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Para Silvia:
02/10/2012  23:15

Ahhhh mas q droga :( deve ter sido na ¿poca dos ensaios da fanfarra entao. Mas eu acho q li alguma coisa sua. Sobre medo de tiroteio no cinema...De ter um cara suspeito kkkk
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Para Pamela:
02/12/2012  23:16

Isso. Foi na segunda vez que vi. E vc viu?
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Para Silvia:
02/10/2012  23:17

Vi nada! Aqui nem tem cinema e eu nem tive a oportunidade de ir para parilia =P
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Para Pamela:
02/12/2012  23:18

Puta,entao dei o maior spoiler sem querer!

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Para Silvia:
02/10/2012 23:21

Deu msm kkkkkk. Vc lancou a piada. Ai eu deitei a cabeca sobre o livro que to lendo e parei pra pensar no carinha la e oq ele faz. Nisso associei o robin e pensei que pudesse ter alguma coisa a ver com o novo batman. Por isso que eu perguntei kkkkk ><
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Para Pamela:
02/10/2012  23:22

Mano,que mancada! Foi mal, morrendo de vergonha!
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Para Silvia:
02/10/2012  23:25

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk nem da nada, eu nao ligo! De vdd :D kkkkkkkkkkkkkk
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Para Pamela:
02/10/2012  23:26

Isso vai ser meu texto pro meu blog. Me autoriza reproduzi-lo? Da parte que falamos dos filmes?
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Para Silvia:
02/10/2012  23:30

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk to rachando o bico aqui. Claro que pode n¿ rsrsrs xD


♫ Para ler ouvindo: Que fim levou o Robin?