sábado, 10 de setembro de 2011

A primeira Impressão é a que fica

Hoje acordei cedo, por volta das nove da manhã (para quem estava acostumada acordar só depois das onze, isso é hiper cedo!). Seguindo meu programa de reeducação alimentar, tomei um café da manhã reforçado e logo fui realizar minha caminhada. O céu não estava "aquele azul tipo Chelsea", na verdade o tom branco predominava. O sol aparecia timidamente entre as nuvens pálidas, que pareciam ser feitas de algodão doce de tão fofas. Para minha felicidade o clima estava agradável, nem muito quente mas com um friozinho na medida certa. Em busca das minhas medidas dos sonhos ( dez quilos a menos), iniciei minha peregrinação. 


O bonito desse clima descrito é observar as flores formando um lindo tapete nas calçadas. As primeiras imagens que surgem na minha mente são as pinturas de Claude Monet. Meu primeiro contato com ele foi na quinta série, logicamente em uma aula de educação artística. O professor Luiz nos deu a seguinte tarefa: escolher uma foto de uma paisagem e reproduzí-la usando o estilo do Monet. Antes disso, a professora Renata, de língua portuguesa, nos passou a biografia desse pintor. Nós aprendemos que ele foi um impressionista; inclusive o termo Impressionismo surgiu devido a um quadro do Claude.


Eles, os impressionistas, pintavam ao ar livre e davam muita importância à luz e ao movimento (eles usavam pinceladas soltas). Então não tinha nada daqueles quadros palacianos ou de nobres. A obra falava por si. O que eu mais gosto em pinturas impressionistas é esse trabalho delicado, por que se vocês repararem bem parece que não há contorno entre os elementos do quadro. É tudo tão milimetricamente perfeito e ao mesmo tempo parece que o pintor não teve tanta dificuldade em realizar a obra. O jogo de luz e sombra também me chama a atenção. É sabido que o Claude pintava o mesmo cenário em horários diferentes para aproveitar as diferentes nuances que a luz proporcionaria no lugar em questão. Há quem diga que o Impressionismo não tenha tanta importância por só reproduzir imagens quase que unicamente bucólicas; os temas representados não levariam à reflexão, não despertaria novas ideias em seus apreciadores. Eu considero tudo isso uma balela. Não sou uma expert em Artes, mas humildemente posso comentar que os quadros impressionistas estão entre os mais belos.









Talvez porque eu sinta a ideia que os autores dos quadros quiseram passar. O Impressionismo tem também essa característica de tentar transmitir as sensações. É como se eu entrasse na atmosfera da imagem. Eu seria capaz de descrever o clima, o perfume das flores, ouvir o som do farfalhar das folhas e galhos, ouviria o canto dos canários, sentiria a terra molhada nos meus pés e até saberia qual o tema da conversa entre os personagens do quadro. 


Infelizmente eu não tenho guardado o quadro que eu pintei, pois ele ficou na escola. Não é querendo me gabar, mas ficou muito bom. Eu reproduzi a imagem de uma praia da Austrália, era só uma faixinha de areia, com um mar ao fundo e na lateral tinha uma ilha. Eu não fiquei completamente satisfeita porque não consegui um efeito de luz muito bom não. Mas fiquei orgulhosa em saber usar a mesma técnica do Claude Monet.


Antes de escrever aqui, eu fui pesquisar no Oráculo de Delfos (vulgo Google) para ver obras de outros artistas impressionistas. O que me chamou atenção foi um tópico sobre Música Impressionista e assim esse texto foi todo embalado por esta trilha que segue logo abaixo:

Prélude à l'après-midi d'un Faune (Prelúdio à Tarde de um Fauno) - Claude Debuss

Bolero - Maurice Ravel (minha mãe tem um vinil do Ravel)

Rapsódia Espanhola - Maurice Ravel




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