quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Post de peso

Atendendo aos milhares de pedidos (de uma mesma pessoa, né Ráfaga? rs), volto a este humilde espaço, para escrever o que me der na telha. Como eu expliquei na primeira postagem, a intenção não é que ele seja o mais comentado, não terá notícias fresquinhas e blá blá blá. É pra ser como um diário mesmo, tanto que nem vou mexer muito no layout, vou deixar simples mesmo (tradução = não tenho paciência para "emperequetar" isso aqui).

Estou com 66 kg e a ficha caiu: preciso perder peso, porém eu sou a personificação do sedentarismo. Passo muito tempo a frente do computador (tanto no emprego quanto em casa); talvez meu maior exercício seja o levantamento de garfo e do controle remoto. Sacrifício para vestir um jeans tamanho 42 (42, vocês sabem que isso é a treva ), não poder dar um tchauzinho porque o bíceps (ou tríceps, confesso não sei qual é o nome, nem meus irmãos sabem e eu não quero googlar) fica balançando, aqueles desagradáveis pneuzinhos na região do abdome... não, não dá mais para viver com o fardo de nem conseguir me olhar no espelho, tamanha é a frustração de ver o corpo em forma de quibe. E pensar que até os meus 10 anos, eu era puro osso. Olívia Palito era um apelido perfeito pra mim. Na verdade, era um pouco preocupante, porque eu estava com o peso  de uma criança de 7anos. Eu não comia verduras, legumes, de frutas só comia banana, maçã, laranja e morango (só na torta). Meu menu consistia em arroz, feijão, bife, batata-frita, miojo e McDonald's (sem o picles, of course). Um martírio era comer na casa do "meu pai": lá tinha que raspar o prato e eu, logicamente, não aguentava e viva com ânsia de vômito. Traumatizante, ainda mais quando o prato inclui bife de fígado mal-passado (blergh). Minha irmã Eliana seguia um método mais radical: não deixava eu sair da mesa até comer tudo. Então não foram raras as vezes em que eu dormi sentada em frente a mesa. Ah, também tinha o Biotônico Fountoura®, um troço ruim pra carai e que ainda tinha uma certa quantidade de álcool (sim caro leitor, eu com menos de 10 anos ficava "alta" devido as colheradas do Biotônico). Após uma consulta com a doutora Lourdes, eu passei a tomar um remédio para abrir o apetite. E sim, isso deu uma estufada legal, sem comentar que a tendência a engordar ( herdada do lado paterno) mostrou sua eficiência no início da puberdade. Adeus pernas finas, adeus ossinhos visíveis...hellooooo banhas e estrias ganhas pelo efeito sanfona. 

A educação física ajudava a manter o peso, porque eu sou uma Magali confessa! Adoro comer, acho que nenhum passeio ou reunião está completo sem ter um lanchinho. Meu sonho é ter um cantinho só meu para convidar meus amigos para um brunch. Eu até passei a incluir opções saudáveis no cardápio (beterraba, tomate, rúcula, alface, repolho, palmito, cogumelo, carne de panela, frango, peixe, etc), mas massas e doces são meu ponto fraco. Se eu antes não era uma bolostrô, era graças às 3 aulas semanais de educação física. Eu até que jogava bem, principalmente basquete. Não era aquela coisa tipo "Magic Pupo" ou "Shaquillel O' Shil", mas era regular. Hoje se eu pensar em dar um pique, acho que morro de cansaço. Não dá, mais um pouco e eu atrofio. Então comecei pelo básico, ou seja, caminhadas. 
O meu tempo é curto, mas eu aprendi com meu amigo Rique a otimizar o tempo, ou seja, aproveitá-lo ao máximo. Assim que volto do trabalho, eu me troco e vou caminhar na pracinha que tem ao final da rua. Ajuda muito o fato de não estar aquele calorão infernal e o bairro ser em sua essência residencial. O pequeno comércio e algumas clínicas não atrapalham em nada na paisagem. É até relaxante andar ao som dos passarinhos (apesar deles ainda competirem com o som dos motores dos carros). Hoje inclusive eu ouvi um bem-te-vi! A praça é bem cuidada, embora eu tenha encontrado algumas bitucas de cigarros. O horário das 17h não é tão cheio de gente, somente tinha duas senhoras conversando (uma delas segurando o seu golden retriever, lindo por sinal). Ainda tinha algumas pessoas próximas a banca de jornal que fica no centro da pracinha, entre eles dois senhorzinhos com um sotaque forte de quem veio da terrinha, ora pois!

Foram 30 minutos caminhando, eu na companhia do Senna ( é a minha camiseta com a estampa do meu ídolo e herói). Foi bom poder me desligar um pouco do estresse do trabalho. O caminho que eu faço da praça para minha casa é muito bonito também, pois o bairro é bem charmoso. Meu sonho é morar em algum daqueles sobradinhos fofos, mesmo sendo uma casa germinada. Minha mãe detesta essa ideia, por achar que seria possível ouvir tudo o que se passa na casa do vizinho. Nisso ela tem razão: já pensou eu querendo dormir e o casal da casa ao lado num tico-tico no fubico "hardcore"? 

Espero que não seja apenas fogo de palha essa minha vontade de me exercitar. Já estava me sentindo um velha enferrujada ( e olha que eu nem cheguei aos 30 anos). Vou torcer para que todos os benefícios das caminhas "plus" minha reeducação alimentar ajudem a me sentir melhor. Só vou maneirar nesse começo, afinal não quero ficar exausta como a nossa amiga das olimpíadas de LA, quando ela completou a maratona em último lugar, toda torta devido as dores e cansaços. Afinal, eu não sou atleta profissional, logo, não preciso conviver com a dor.

PS: ironicamente,eu fiz minha caminhada ao som de Parklife (que pode ser traduzido para Sedentarismo), do Blur .

 

2 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom! Rsrsrsrs Mais pessoal impossível! Lembro até de alguém que eu conheço! kskskks Gosto muito de como você escreve Shil!

Pâmela Rodrigues disse...

Cara, adorei!! Continue se exercitando sim, vale a pena! Eu tbm to devendo isso e tem lugares perfeitos aqui em garça pra caminhar que é a preguiça que mata msm. Enfim, adorei o texto, continue postando hahahaha. Faz um brunch que eu vou. Beijos :D